Sob o signo do tecnofascismo
Um presente que seria legal dar às próximas gerações é a oportunidade de experimentar o que é um pouquinho de privacidade.
Alguns dizem que privacidade digital já não existe mais e portanto, o melhor seria apenas desistir. Talvez realmente nos falte a dimensão do buraco em que estamos metidos.
Mas o que é exatamente "privacidade" numa época em que praticamente toda a infra-estrutura da internet é dominada por BigTechs? Aliás, qual é exatamente o grande problema com as BigTechs? Elas não são apenas empresas de tecnologia que (supostamente) começaram na garagem de alguém e então cresceram muito?
Eu perguntei à um dos mentats de nossa época (LLM modelo Qwen2.5-Max): "Por que é preocupante deixar as gigantes da tecnologia terem acesso a todos os nossos dados pessoais e o que elas fazem com isso que pode ser considerado errado ou abusivo?". Este foi o resultado:
Manipulação do Comportamento: A publicidade baseada em dados pode ser tão precisa que manipula as decisões dos consumidores, influenciando suas escolhas de forma sutil ou explícita. Por exemplo, algoritmos podem promover produtos ou serviços específicos com base no estado emocional ou financeiro do usuário. [Nota humana: qual tigrinho tá pagando mais?]
Exploração de Vulnerabilidades: Empresas podem identificar vulnerabilidades psicológicas ou econômicas dos usuários e explorá-las. Por exemplo, plataformas podem direcionar anúncios de empréstimos predatórios para pessoas em dificuldades financeiras. [Nota humana: você disse empréstimo com FGTS?]
Falta de Transparência: Muitas vezes, os usuários não sabem exatamente quais dados estão sendo coletados, como estão sendo usados ou com quem estão sendo compartilhados. Isso viola o princípio ético do consentimento informado. [Nota humana:
who whatches the watchmen?CANCELADO]Exposição Indesejada: Informações sensíveis, como pesquisas médicas ou políticas, podem ser capturadas e usadas sem o conhecimento do usuário. [Nota humana: isso inclui todas aquelas ideias geniais que você anotou no Notion.]
Viés Algorítmico: Algoritmos podem perpetuar ou amplificar preconceitos existentes, levando a discriminação racial, de gênero ou socioeconômica. Por exemplo, sistemas de recomendação podem excluir certos grupos de acesso a oportunidades ou conteúdo relevante. [Nota humana: sabe quando você encontra um restaurantinho/bar/café muito massa em São Paulo, mas não quer que apareça na VejaSP? Tipo isso, só que ao contrário.]
Manipulação de Opiniões: Plataformas de mídia social usam algoritmos para priorizar conteúdos que geram engajamento, independentemente de sua veracidade. Isso pode levar à disseminação de desinformação, polarização política e radicalização. [Nota humana: "Israhell tá só se defendendo".]
Privação de Autonomia: Quando algoritmos tomam decisões importantes (como aprovação de crédito ou seleção de empregos), os usuários perdem o controle sobre seus próprios destinos, sem transparência sobre como essas decisões foram feitas. [Nota humana: aos amigos tudo, aos inimigos o rigor da lei.]
Venda de Dados para Terceiros: Algumas empresas vendem ou compartilham dados com terceiros, como corretores de dados, agências de marketing ou até governos autoritários. Isso coloca os usuários em risco de abuso ou exploração. [Nota humana: "oh não, a polícia rodoviária sabe de todos os meus contatinhos".]
Uso Indevido de Informações Médicas: Plataformas de saúde digital ou wearables podem coletar dados médicos sem garantir proteção adequada, expondo os usuários a discriminação (por exemplo, por parte de seguradoras). [Nota humana: cadê a tabela de preços do plano de saúde?]
Rastreamento de Localização: O rastreamento de localização pode ser usado para monitorar indivíduos, colocando-os em risco de vigilância indevida ou stalking. [Nota humana: Marielle Vive!]
Ataques Cibernéticos: Grandes bancos de dados são alvos frequentes de hackers, o que pode resultar em vazamentos maciços de informações pessoais. Exemplos incluem o caso do Facebook/Cambridge Analytica e o roubo de dados da Equifax. [Nota humana: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.]
Abuso por Governos: Em alguns casos, governos podem exigir acesso aos dados das BigTechs, comprometendo a privacidade dos cidadãos. Isso é especialmente problemático em regimes autoritários, onde os dados podem ser usados para repressão política. [Nota humana: hello USA!!!]
Censura e Manipulação: As plataformas têm o poder de decidir quais vozes são amplificadas ou silenciadas, muitas vezes sem critérios claros ou transparência. Isso pode levar à censura arbitrária ou ao favorecimento de determinados grupos. [Nota humana: alô galera de cowboy, alô galera de peão, quem gosta de rodeio bate forte com a mão.]
Barreiras à Competição: A posse massiva de dados dá às BigTechs uma vantagem competitiva injusta, dificultando que novas empresas entrem no mercado. Isso reduz a inovação e limita as opções dos consumidores. [Nota humana: ué, mas o capitalismo não é baseado na competição? [gif pensando e rodando]]
Controle Social: Ao controlar tanto os dados quanto as plataformas de comunicação, as BigTechs têm o potencial de influenciar diretamente a sociedade, moldando narrativas, comportamentos e até eleições. [Nota humana: "cê jura que o ChatGPT muda a narrativa? Achei que fosse imparcial". Sim, imparcial tipo o Brasil Paralerdos.]
Adicção Digital: Plataformas de mídia social e streaming usam algoritmos para maximizar o tempo de engajamento, muitas vezes incentivando o uso excessivo e prejudicial. [Nota humana: "meu sobrinho estudou design de experiência do usuário e pode comprovar".]
Comparação Social: O acesso a dados pessoais permite que as plataformas mostrem conteúdo que incentiva comparações prejudiciais, aumentando sentimentos de inadequação ou ansiedade. [Nota humana: dúvido que exista um calvo que nunca tenha recebido propaganda direcionada de Minoxidil.]
Quando empresas priorizam lucros e crescimento em detrimento da privacidade e do bem-estar dos usuários, elas comprometem valores fundamentais da sociedade.
Se continuarmos a construir a infra-estrutura necessária, com esforço e colaboração, o presente da privacidade é uma possibilidade totalmente factível.